O líder do prefeito Léo Moraes na Câmara de Vereadores, Breno Mendes, tentou paralisar a votação em plenário de um requerimento do colega Nilton Souza (PSDB) e evitar uma audiência pública para discutir a Saúde púbica de Porto Velho. Breno usou o Regimento Interno da Casa informando aos companheiros de Parlamento que, antes da votação, era necessário consultar a Comissão de Saúde, formada por aliados do prefeito: Ellis Regina, Macário Barros e Dr. Junior Queiroz.

Incoerente, na semana passada, o líder do prefeito passou por cima do regimento e colocou em votação, sem consultar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a aprovação de um projeto de Lei acabando com o programa Talentos do Futuro e renomeando o mesmo projeto de iniciação esportiva para Construindo Campões.  O presidente da CCJ, Fernando Silva, alertou Breno sobre a manobra, mas acabou vencido pela base do prefeito, que nada discute, apenas diz amém a todos os atos da municipalidade.

Da tribuna, o vereador Marcos Combate relatou o caso da senhora Luide Duarte do Nascimento de 72 anos. Segundo prontuário de atendimento, ela esperou 4 horas para ser atendida na UPA Leste, tomou dois medicamentos, foi mandada para casa, aconselhada a voltar em 3 dias caso sentisse dores, mas faleceu na madrugada desta segunda-feira. “Nossa saúde está em colapso, e tem vereador tentando enganar a população dizendo que está tudo bem, quando a realidade é outra”, disse Combate. Segundo ele, mesmo com o decreto de emergência, um técnico de Enfermagem é obrigado a atender 350 pessoas no posto José Adelino no bairro Ulisses Guimarães.

Compra de hospital

Mesmo com recursos deixados pela gestão passada para construção de um hospital público de emergência, o prefeito Leo Moraes determinou estudos para compra de um prédio no valor de R$ 33 milhões que será repassado a uma empresa pública federal para servir de hospital-laboratório da UNIR. “Estão gastando dinheiro com festas, mas não estão nem aí para a saúde da população”, disse o vereador.